Reunião preparatória para a XIII Conferência regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe
No passado 4 de julho, autoridades da mulher se reuniram em Santiago do Chile, para avaliar os desafios da agenda regional de gênero e apresentaram o novo site web do Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe (OIG). A instância reuniu as prioridades e especificidades próprias de cada país para a XIII Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, que se celebrará de 25 a 28 de outubro, em Montevidéu, Uruguai.
Na inauguração estiveram presente a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, e a ministra da Mulher da República Dominicana e atual presidente da Conferência, Alejandrina Germán. Bárcena anunciou que no Uruguai se espera aprovar a Estratégia de Montevidéu, que terá como ênfase os meios de implementação do plano de ação regional de gênero e seus vínculos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Para secretária a agenda regional de gênero resulta imprescindível no logro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e acrescentou que nesta instância os reunia para se comprometer com os avanços na área da igualdade e equidade de gênero, “porque ambos os termos são os outros nomes da liberdade e da democracia”, afirmou.
Os temas centrais do encontro trabalharam sobre a igualdade de gênero, a autonomia das mulheres e o desenvolvimento sustentável. Desde a Secretaria Executiva da CEPAL se apresentaram as principais conclusões do documento institucional Horizontes 2030: a igualdade no centro do desenvolvimento sustentável, e se enfatizou na necessidade de estabelecer uma mudança estrutural progressiva na região com base em um grande impulso ambiental.
Por seu lado, Claudia Pascual, primeira Ministra da Mulher e da Equidade de Gênero do Chile, repassou as desigualdades que vivem as mulheres chilenas na área de autonomia econômica, física e política. Enfatizou a necessidade de estabelecer uma nova equação Estado-mercado-sociedade, onde a igualdade de gênero seja um pilar fundamental. Neste sentido, valorizou que a nova Agenda tenha ampliado a visão do desenvolvimento sustentável nos âmbitos ambiental e social, e não tenha reduzido ao crescimento econômico.
Por último, a novidade das novas funcionalidades do site web do OIG concluiu ao encontro. O site foi reformado com o fim de favorecer a procura de informação atualizada sobre as três autonomias das mulheres em relação aos Objetivos do Milênio, os compromissos da Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), e os ODS.
O OIG recebe o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID), e se renova como ferramenta para dar continuidade à análise das desigualdades e práticas discriminatórias que sofrem as mulheres, instalando novos indicadores, como o de feminicídio, o índice de feminidade em lares pobres, o uso do tempo e o trabalho não remunerado, entre outros.