Cidades latino-americanas avançam para a unidade ante os espaços mundiais de participação
No passado 13 de junho, representantes de FLACMA, Mercocidades e outras redes de governos locais, se reuniram para definir o programa das cidades latino-americanas, para o próximo Congresso de CGLU em Bogotá e para Hábitat III. Esta reunião se realizou no âmbito das ações do Grupo Aberto de Trabalho Permanente de Cidades e Governos Locais da América Latina (GATP), criado para avançar em uma nova representação da América Latina ante a organização mundial de governos locais CGLU.
A reunião ocorreu em La Paz, durante a XVII Assembleia Plenária da União de Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), e participaram representantes de Mercocidades, da Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais, da Aliança Euro-Latino-Americana de Cooperação entre Cidades e de cidades capitais da região.
Mercocidades esteve representada por sua Presidência (São Paulo), sua Secretária Técnica Permanente (Montevidéu), e as vice-presidências de Economia Urbana (Montevidéu) e Inclusão Social (Lo Prado).
Mesa de Enlace
A reunião realizada em La Paz correspondeu ao primeiro encontro da Mesa de Enlace, criada com o fim de elaborar uma estratégia coordenada entre as cidades latino-americanas ante as diversas instâncias de participação na escala global, que depois deverá se ratificar nos espaços decisórios à interna de cada rede.
Durante o encontro se definiu avançar nos seguintes pontos:
“Forma a Coordenação Latino-Americana (CORDIAL)
Para isso se relatarão os princípios e valores que se promovem desde CORDIAL, em um enfoque de cooperação, consenso, liderança compartilhada e construção de valor agregado, assim como de respeito à institucionalidade de cada uma das organizações aqui representadas, com base nos documentos de Porto Alegre e Paris “Unidade na Diversidade”.
Relatar os critérios para estabelecer uma representação unificada da América Latina em concordância com os critérios de CGLU e no espírito de contemplar a representatividade regional, equilibrada e que dê satisfação às partes.
Avançar na ideia de formar uma mesa de prefeitas/prefeitos, alcaldesas/alcaldes, intendentas/intendentes que no possível sejam os que representaram à região no Escritório Executivo de CGLU.
Confeccionar uma lista primária de governos locais da América Latina para acordar a representação no Conselho Mundial e no Escritório de CGLU, antes do dia 30 de junho de 2016.
Elaborar um cronograma de trabalho e uma agenda temática prioritária para os governos locais da América Latina, com a finalidade de buscar posições e mensagens comuns para o V Congresso de CGLU em Bogotá, para o Fórum Ibero-Americano de Governos Locais, para a II Assembleia Mundial de Governos Locais e para Hábitat III em Quito.
Promover uma proposta para a vice-presidência da região da América Latina de CGLU, que contemple os maiores apoios e consensos, assim como também se procurará um diálogo para buscar os maiores apoios para a co-presidência de CGLU.
Promover em cada uma das instituições assinantes do acordo de Paris, assim como entre os participantes do GATP, o apoio ao Prefeito de Johannesburgo como Presidente de CGLU para o período 2016-2019.
De acordo ao estabelecido na cidade de Panamá, no passado mês de abril, uma vez confeccionados os princípios e valores, os critérios e a lista com os membros de CGLU que se propõem para integrar a representação da América Latina, as instituições deverão mediante um processo de consulta e diálogo, proceder à aprovação dos acordos que se estabeleçam.”