Autoridades latino-americanas convocam para proteger os avanços sociais para cumprir com os ODS na Agenda 2030
No âmbito do 36º período de sessões da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), que concluiu nesta sexta-feira 27 de maio, na Cidade do México, se convoca a combater a pobreza e reduzir a desigualdade da região, na atual conjuntura de desaceleração econômica, através de políticas integradas que cumpram com os compromissos assumidos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Durante o seminário, José Antonio Meade, secretário de Desenvolvimento Social do México, e Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL, encabeçaram um painel sobre políticas sociais. Os altos funcionários pediram para terminar com as brechas estruturais da região com um enfoque integrado de políticas econômicas, sociais e trabalhistas, dando especial ênfase nos setores da população mais vulneráveis: crianças, mulheres, idosos, deficientes físicos, e povos indígenas.
“Não há melhor política social que o emprego”, expressou José Antonio Meade, quem moderou o painel. Ademais categorizou de enriquecedor os Fóruns multilaterais do encontro, já que permitem a troca de melhores práticas para combater a pobreza.
O seminário começou com a apresentação do documento Horizontes 2030: a igualdade no centro do desenvolvimento sustentável, por parte de Alicia Bárcena, utilizado como referência nos debates. Este documento propõe a incorporação de conhecimento na produção, garantir a inclusão social, e combater os efeitos negativos da mudança climática.
Além disso, na programação houveram vários painéis dedicados; à macroeconomia para o desenvolvimento sustentável, ou à política industrial entre outros. Nesta linha, a vice-presidente e Ministra de Relações Exteriores do Panamá, Isabel de Saint-Malo de Alvarado, expressou que “o social não se joga só no social. Se necessita jogar no econômico, no político e no ambiental. Essa é a única forma de superar os desafios que enfrentamos”.
As autoridades coincidiram em que a estabilidade macroeconômica é necessária, mas insuficiente por si só para alcançar o desenvolvimento sustentável com igualdade na região. Indicaram que as políticas macroeconômicas além de atuarem sobre a conjuntura devem ter uma visão de longo prazo. Os funcionários debateram especialmente sobre o papel do Estado no crescimento sustentável e sobre a independência dos bancos centrais, entre outros temas.
Definições do Comitê de Cooperação Sul-Sul
Os países membros do Comitê de Cooperação Sul-Sul, órgão subsidiário da CEPAL, acordaram como linhas de ação até 2018: a troca de experiências na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a promoção de associações de múltiplos atores, e a troca de experiências e boas práticas sobre metodologias e medição da cooperação Sul-Sul.