Bachelet presidente do Chile
Michelle Bachelet foi eleita presidente do Chile por uma ampla margem sobre a candidata oficial Evelyn Matthei. Trás umas eleições marcadas pela pouca participação cidadã, Chile celebrou no passado 15 de dezembro o 2º turno correspondente às eleições presidenciais.
Escrutinados 99,97% dos votos, a candidata do Partido Socialista do Chile Michelle Bachelet Jeria, obteve 3.468.389 votos, 62,16% do total de votos, contra 2.111.306 votos, um 37,83% do total, obtendo pela coalizão da direita Aliança, Evelyn Matthei Fornet, o pior resultado da direita desde a chegada da democracia após o final da ditadura de Augusto Pinochet.
“Chile decidiu que é o momento de iniciar transformações profundas” expressou a presidente eleita Bachelet, quem teve como eixo de sua campanha a promessa de “um sistema público, gratuito e de qualidade”, além de dar ênfase em que é necessária “uma nova Constituição nascida na democracia, que garanta que no futuro a maioria nunca mais seja calada por uma minoria".
Bachelet conta com o apoio público de uma parte dos estudantes que durante anos se manifestou, demandando ao governo de Piñera a gratuidade educativa terciária no nível nacional. Em compromisso com seus objetivos, Bachelet propõe uma reforma educativa que instaure a gratuidade no nível universitário em seis anos. Enquanto na ala rival cresce a reprovação pela pouca ajuda dada a Matthei por parte dos demais candidatos da coalizão da direita. “Os próprios candidatos a senadores e deputados não a apoiaram porque ela tinha um ibope tão baixo que acreditavam que iam prejudicar suas próprias campanhas, ela também não teve apoio financeiro” disse Fernando Matthei, pai de Evelyn, que foi integrante da junta militar da ditadura.
Os votos depositaram grande confiança em Bachelet, dando-lhe maioria nas duas câmaras, o que liberaria seu acionar para que possa cumprir com as principais promessas de transformação expressas em sua campanha.
Fontes: La Diaria, EFE.