Falecimento do ex Intendente de Neuquén
O ex-intendente da cidade argentina de Neuquén, Martín Farizano, faleceu no passado 13 de abril aos 59 anos em sua casa, após sua saúde piorar nas últimas semanas. Desde a Rede de Mercocidades lembramos as ações que a favor da integração regional promoveu o intendente e compartilhamos nosso pesar com seus seres queridos.
Farizano morreu próximo às 18 horas e vários conhecidos pessoais e da política foram confirmando a notícia no decorrer da tarde. Nos últimos meses não teve uma participação ativa na política local e suas aparições públicas foram cada vez mais esporádicas. Chegou à prefeitura liderando uma das frentes mais pluralista, em termos de representação política, que integraram um governo na cidade.
Referente radical, ele mesmo revelou durante a última campanha eleitoral que liderou que iniciou sua carreira política na Juventude Peronista dos anos 70. Passou depois ao Partido Intransigente, até que o partido que fundou Oscar Alende decidiu apoiar em 1988 a Carlos Menem para a presidência. Esse foi o ponto de inflexão para que se decidisse passar para o partido que historicamente tinha representado sua família.
Repercussões
O prefeito Horacio Quiroga decretou o dia 13 de abril luto municipal durante cinco dias e assegurou que “quando uma pessoa falece, sempre é motivo de tristeza e mais quando é uma pessoa com a quem um compartilhou muito tempo”.
“Mais além das diferenças que pudemos ter tido nos últimos anos, sempre reconheci sua capacidade de trabalho como integrante da minha equipe nas anteriores gestões de governo”, disse Quiroga, reforçando que “quem chegou a ocupar um cargo de tanta relevância como ele de intendente por decisão da sagrada vontade popular, merece o maior dos respeitos”.
Entanto, o governador da Província, Jorge Sapag, definiu a Farizano como um ser humano “excepcional” que sempre lutou por “uma sociedade mais justa”. “Uma pessoa transparente, lúcida e trabalhadora. Uma pessoa muito honesta em suas ações públicas e privadas. Os ideais foram parte de sua vida. Sempre lutou por uma causa justa e por uma sociedade melhor”, disse o governador.
História
Martín Farizano chegou a Neuquén em 1971, chegava de Buenos Aires e tinha 19 anos. Veio com seu tio para recuperar uma chácara que era de seu avô e que tinha estado num processo judicial por ocupação. Disse que desse Neuquén de 1971 o deslumbraram as diagonais, os eucaliptos, o clima, as pessoas, os caminhões com fruta. “Era uma cidade grande para que tivesse coisas e, ao mesmo tempo, pequena como para que um pudesse se deslocar”, esclareceu Farizano.
Fonte: La Mañana de Neuquén