#NosotrasParamos: a convocatória vem da Argentina e se estendeu por todo o mundo
No dia de hoje, 19 de outubro, mulheres de toda a região e do mundo, param suas atividades e/ou se mobilizam em apoio à greve convocada pela Argentina denunciando os feminicídios, os crimes de ódio e a violência de gênero. A convocatória para a greve com o nome #NosotrasParamos surgiu com o incentivo de organizações feministas e coletivos de mulheres de diversos setores, e transpassou fronteiras com a adesão de quinze países de todo o mundo.
Até o momento, se confirmaram ações em México, Guatemala, El Salvador, França, Espanha, Chile, Brasil, Bolívia, Honduras, Peru, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos e Costa Rica. Os países mais mobilizados são os do Cone Sul e da América Central, visto que, são os que registram os maiores índices de feminicídios e práticas sistemáticas de violência de gênero no âmbito da vida pública e privada das mulheres.
#NosotrasParamos, foi incentivada por organizações feministas e coletivos de mulheres, de diversos setores. Entretanto, a massividade da convocatória se acrescentou a partir da adesão de mulheres que conheceram a iniciativa pelas redes sociais.
O feminicídio de Lucía Perez, uma adolescente de 16 anos estuprada e assassinada de forma brutal em Mar del Plata, Argentina, foi a última gota para convocar esta ação. A convocatória a greve de mulheres é uma massiva denúncia pelos feminicídios, pelos crimes de ódio e pela violência de gênero. A ideia circulou de muro em muro durante o fim de semana de 15 e 16 de outubro para terminar em uma massiva reunião de mais de 50 organizações na sede da Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP). Com a sala cheia, se votou a realização da greve de Mulheres contra a violência machista.
Durante esta quarta-feira 19 de outubro se realizam distintas ações. Entre as 13hs e 14hs da Argentina se realiza uma greve geral de atividades de todo tipo, tanto trabalhistas, como estudantis e de cuidado. Depois, às 17 horas se fechará da Avenida 9 de Julio no Obelisco com uma mobilização até a Praça de Maio.
Fonte: Notícias da América Latina (NODAL)