CEPAL divulga estatísticas sobre desenvolvimento social, econômico e ambiental na região em 2014
A Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL) difundiu o Anuário Estatístico da América Latina e o Caribe 2014, que mostra o desenvolvimento social, econômico e ambiental dos países da região. Uma das cifras mais alentadoras deste anuário é a que se refere ao desemprego, com uma tendência à redução que persiste desde 2003.
Esta publicação anual constitui uma referência para a análise comparada entre países com dados estatístico descritivos, e igual que em edições anteriores, o Anuário se organiza em quatro capítulos.
No primeiro se tratam aspectos demográficos e sociais, que incluem indicadores de população, emprego, gênero, educação, saúde, pobreza e distribuição da renda. Segundo refletem alguns destes dados, a região, que conta com mais de 623 milhões de habitantes, registra em promédio 16 mortes de crianças menores de cinco anos por cada 1.000 nascidos vivos e arredor de 2% de analfabetos entre a população de 15 a 24 anos.
Por outro lado, apesar da pobreza extrema nos países latino-americanos ter se mantido arredor de 12% em 2014, ela aumenta levemente a quantidade total de pessoas nesta situação. Ademais, o descenso da pobreza total observado durante os últimos anos se desacelerou, estagnando-se ao arredor de 28% no ano passado. Enquanto o desemprego no conjunto da América Latina e do Caribe mostra uma tendência à baixa desde 2003 e se situou em 6 % em 2014.
O segundo capítulo apresenta informação estatística econômica, referida a contas nacionais, balança de pagamentos, índices de preços e comércio exterior, entre outros. O Anuário mostra que desde 2010 o crescimento da região vem diminuindo e em 2013 fechou em 2,7 %. Por outro lado, esse ano o balanço em conta corrente registrou um saldo negativo de quase 160.000 milhões de dólares (2,7 % do PIB regional), enquanto que a taxa média da inflação anual regional aumentou a 6,6 %, quase um ponto porcentual a mais que em 2012.
O terceiro capítulo oferece estatísticas relativas ao meio ambiente, sua cobertura terrestre, ecossistemas e biodiversidade, recursos energéticos, hídricos e biológicos, terra, emissões no ar, eventos extremos e desastres naturais, regulamentação e governança ambiental.
Nesta área, a informação apresentada mostra uma redução do consumo de substâncias que destroem a capa de ozônio na ordem de 95 % entre 1990 e 2013. Entretanto, ainda seguem sendo preocupantes os níveis de emissões de dióxido de carbono por habitante (2,9 toneladas em 2010), os quais mantêm uma tendência levemente ascendente. Os dados revelam, além disso, que quase 60 milhões de habitantes foram afetados no último decênio por algum desastre natural.
O último capítulo do Anuário registra os aspectos metodológicos das estatísticas apresentadas, assim como as referências às fontes dos dados. Dado que a maior parte da informação provém diretamente dos escritórios nacionais de estatística, bancos centrais, organismos internacionais e outras instituições oficiais, a CEPAL convida aos usuários a prestarem atenção às fontes e notas técnicas que são apresentadas neste trabalho.
Pode se encontrar mais informação estatística sobre a América Latina e o Caribe no portal CEPALSTAT, que inclui um conjunto de bases de dados temáticos que se atualizam periodicamente e cobrem áreas adicionais e maior quantidade de indicadores e cobertura temporal.
Fonte: www.cepal.org