Evo Morales reeleito presidente na Bolívia
Com um apoio eleitoral entre 59,5% e 61% dos sufrágios, segundo dados preliminares, Evo Morales foi reeleito para um terceiro mandato na Bolívia com uma maioria parlamentar que lhe permitirá aprofundar as reformas na nação do altiplano.
Evo se converte assim no presidente que por mais tempo governou a Bolívia. Entre os fatos desta reeleição aparece ter ganhado no departamento de Santa Cruz, uma região opositora desde sempre para o candidato e que inclusive gerou os protestos autonomistas mais fortes contra Morales, entretanto, agora as primeiras recontagens lhe dão quase 49% do eleitorado.
Evo triunfou duplicando a votação de seu seguidor mais próximo, o empresário conservador Samuel Doria Medina que teria alcançado 25,3% do total, e em um terceiro lugar o ex-presidente, em 2001-2002, Jorge Quiroga com um 9,6%. Mais atrás o ex-prefeito de La Paz, Juan de Granado (2,6%) e o dirigente indígena Fernando Vargas (3%).
Evo ganhou sua primeira presidência com 54% dos votos, em 2005, e foi reeleito por primeira vez em 2009, com 64% do eleitorado a seu favor.
“Este triunfo está dedicado a Fidel Castro, dedicado a Hugo Chávez, que em paz descanse, a todos os presidentes e governos anti-imperialistas e anti-capitalistas”, disse em sua primeira aparição nas sacadas do Palácio do Governo o reeleito presidente, que foi celebrado por uma multidão que enchia a praça Murillo.
“Pátria sim, colônia, não!”, em coro diziam os seguidores, enquanto que Evo, acompanhado por seu vice-presidente Álvaro Garcia Linera, pediu à oposição que se junte à causa dos bolivianos. “Convocamos vocês a se unirem, a trabalhar. Têm direito a discrepar, porém por encima disso está nossa querida Bolívia (…) Por Bolívia suportamos com muita paciência, não há por que comentar ou lembrar”, acrescentou em tono conciliador, ainda que as urnas já refletissem na noite, que tinha os votos suficientes para governar com um Parlamento a seu favor, mais além dos opositores.
Desde vários países latino-americanos, chegaram às primeiras mensagens de cumprimento: Cristina Fernández a primeira, seguida por Raúl Castro e Daniel Ortega, segunda manchete da imprensa boliviana. José Mujica ligou para Evo, e o cumprimentou destacando o momento de “rebelião e revolução” que vivem tanto Bolívia como América Latina, lhe disse.
Fonte www.lr21.com.uy