Artigas e a Integração Regional reúne historiadores do MERCOSUL
Desde a segunda-feira 22 até a quarta-feira 24 de setembro, na cidade de Colônia do Sacramento, Uruguai, está se realizando o II Encontro Acadêmico Nacional, o I Congresso Regional do Departamento de História do Conselho de Formação em Educação (CFE) e o I Encontro de Estudantes da Liga dos Povos Livres, no marco do ciclo de atividades: José Artigas e a Integração Latino-Americana. A atividade conta com o apoio institucional do Parlamento do MERCOSUL.
Na mesa de abertura participaram: o presidente do PARLASUL, Rubén Martínez Huelmo, o presidente do Conselho Diretivo Central (Codicen) da Administração Nacional de Educação Pública do Uruguai (ANEP), Wilson Netto Marturet, a diretora geral do Conselho de Formação em Educação, Edith Moraes, a conselheira do Conselho de Educação Secundária, Ema Zaffaron, o diretor de Assuntos Limítrofes do Ministério de Relações Exteriores (MRREE), Daniel Betancourt, o cônsul da Argentina em Colônia, César Matas Alsina, pela Biblioteca Nacional do Uruguai participou Alicia Fernández e pelo CFE participou Laura Motta.
Martínez Huelmo destacou que “desde o âmbito político e acadêmico-educativo, seguiremos forjando um vigoroso artiguismo, vendo-o desde um plano moderno, nos perguntamos por que soa (o nome de Artigas) ainda, e que pode colaborar o artiguismo à integração regional”.
Na mesma ordem de ideias, Pablo Álvarez, ressaltou a figura de Artigas e a construção de necessidades dos tempos, “por isso o Parlamento é capaz de refletir sobre o regulamento de terras”, destacou.
Daniel Betancourt acrescentou que “estamos em um processo de reintegração, de como se realiza a política de integração regional e sul-americana, somos juntos ou não somos, desde o ponto de vista do desenvolvimento sustentável, o MERCOSUL é importante e estamos em um processo de prova e erro”.
Por outro lado, estudantes como Leandro Solís, do Instituto Almirante Brown de Santa Fé, Argentina, comentaram que é interessante resgatar todo o processo em torno à figura de Artigas, “não o conhecemos tanto em nosso país, podemos nos abrir a novas visões e receber outros pontos de vista com uruguaios e brasileiros”. Do mesmo modo, Adriana Moitigno, do Instituto Normal de Magistério de Montevidéu, apresentará um curta documentário sobre Artigas para “complexar a visão histórica através do recurso audiovisual e mostrar outra visão, questionando a visão que se ensina nas escolas sobre ele”.
Com o título “Identidades. Vigência do Artiguismo. União dos Povos Livres. A História e seu ensino no nível regional”, mais de cem estudantes uruguaios e argentinos assistirão nos próximos dias às diferentes mesas que simultaneamente discutirão temáticas de história, educação, construção de identidades, metodologias, imagens de Artigas e projeções do Artiguismo, cinema e canção, abordagens do passado desde a literatura e a arte, perspectivas acerca de Artigas, o local e a região, educação e sociedade.
Esta segunda-feira iniciou com os palestrantes argentinos, Luis Moyano, de Córdoba, com "A projeção do Artiguismo nas Províncias interiores das Províncias Unidas”, Rubén Román de Santa Fé, com a exposição “Identidad en el pensamiento de Artigas: De la Otredad a la Nostridad”; e Mario Cayota do Uruguai sobre “Monterroso e Artigas”. Na terça e quarta-feira continuarão com as conferências de Mario "Pacho" O'Donnell, da Argentina, e Ana Ribeiro, do Uruguai, também haverá encontros de estudantes, tertúlias e oficinas.