Histórica reeleição de Cristina Fernández na Argentina
A presidenta argentina, Cristina Fernández, foi reeleita para um novo mandato de quatro anos com 53,96% dos votos. Com um 36,15% de diferença sobre seu mais próximo rival, ao se escrutinar quase dois terços das mesas eleitorais, a candidata do partido Frente para a Vitória, se converteu este domingo na primeira mulher da Argentina a ser reeleita como presidenta deste país.
Ademais, o partido peronista Frente para a Vitória que lidera Fernández, reverteu à derrota nas eleições legislativas de 2009 e recuperou a maioria absoluta que exercia com aliados na Câmara de Deputados e no Senado.
Fernández contou com o apoio do Frente para a Vitória (FPV), de movimentos sociais, centrais sindicais e da Associação de Mães e Avós da Praça de Maio. Teve como discurso de campanha os sucessos do atual governo, onde ressalta o crescimento econômico, um sustentado plano de obras públicas, a redução da desocupação e da pobreza, e uma posição de integração regional.
Neste contexto, também se destaca o reimpulso de programas sociais como o Subsídio Universal por Filho (AUH) que beneficia a mais 3.500.000 crianças e jovens. O aumento da pensão de aproximadamente 6,8 milhões de aposentados argentinos, além da implementação de novas medidas que contribuem com o crescimento econômico da nação o qual ronda a 8%, de acordo às previsões para este ano do Fundo Monetário Internacional.
Resultados
O candidato presidencial socialista Hermes Binner, do Frente Amplio Progressista, ficou no segundo lugar, com 16,87% dos sufrágios, em uma jornada na qual votou 78,89% da lista eleitoral, de uns 28,8 milhões de cidadãos.
No terceiro lugar se situou o radical Ricardo Alfonsín, da União para o Desenvolvimento Social, com 11,15%, seguido pelo candidato por Compromisso Federal, o peronista dissidente Alberto Rodríguez Saá, com um 7,98%.
O Frente para a Vitória somou 29 cadeiras até alcançar um total de 117 na Câmara de Deputados, na qual junto a 18 bancadas de forças aliadas poderá alcançar a maioria absoluta.
No Senado somou cadeiras até alcançar 32, que somadas as seis em mãos de aliados também permitirão ao oficialismo peronista alcançar a maioria absoluta neste.
A social-democrata União Cívica Radical se manteve como segunda força parlamentar com 41 cadeiras na Câmara de Deputados e 17 no Senado, seguida pelos peronistas dissidentes, com 29 cadeiras de deputados e 10 de senadores.
A coalizão socialista Frente Amplio e Progressista ficou como quarto grupo parlamentar com 21 cadeiras de deputados e quatro de senadores.
Na quinta posição das eleições presidenciais ficou o ex-presidente Eduardo Duhalde, candidato pelo Frente Popular (peronismo dissidente), com um 5,89% dos votos. Seguido por Jorge Altamira, do trotskista Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, com 2,31%, enquanto que o sétimo e último lugar é para Elisa Carrió, candidata da centrista Coalizão Cívica, com um 1,84%.
Fonte: Agências de Notícias